sábado, 1 de janeiro de 2011

NOITES CHUVOSAS









  


Nas noites chuvosas fico insone e solitário,
fecho-me num armário, pensativo
contemplando a escuridão com minhas
idéias todas em transição.


Nas trevas meu coração pranteia em
silêncio uma mágoa que não quer ser
ouvida, há muito é reprimida, mas jamais
pela alma foi esquecida.


Lembranças reaparecem de frente aos
meus olhos e alimentam a agonia em
minha mente, que por mais que eu tente,
mostra-se todos os dias presente.

Horas se vão, chuva e dúvida prosseguem
na noite e minha essência perseguem.
Quem me dera estar preparado para
acordar e dos anseios da vida me libertar.

Quem me dera tudo fossem palavras em
busca de um significado, que no final só
quisessem transmitir um obscuro e não
digerido recado.

Lucas O. Ornaghi

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