sábado, 1 de setembro de 2012

FRUTOS PERFEITOS DA IMAGINAÇÃO

















O silêncio entoa o desgosto em
meus ouvidos, eu tento
esquecê-lo, desconhecê-lo,
sua presença perder e essa dor
muda conter.

As mãos gélidas tremem,
sentem o frio da solidão, e
caminhando pelas ruas vazias
verto lágrimas de gelo de um já
frígido coração.

Nasce dentro de mim uma
arraigada tristeza, profundo
sentimento que me causa frieza
e eu sei que não pertence à
minha natureza.

A vil insensibilidade e ingratidão
calejam meu coração, a
falsidade estampada em rostos
alheios subestima a minha
percepção.

Não exijo perfeição da prole da
imperfeição, mas gostaria que
pessoas genuínas fossem mais
do que frutos perfeitos da
imaginação. 

Lucas O. Ornaghi