domingo, 17 de fevereiro de 2013

NOSTÁLGICO SOB O LUAR



















Eis a lua diante da expressão nostálgica da noite,
e na nostalgia de um homem taciturno sua alma
pranteia memórias que o ferem como o açoite,
e na sarjeta um cachorro lambe a sua palma.

Espectros do passado lhe causam desalento,
lembram-no do amor que havia em sua mente,
e ele se retira para um banco sob o frio relento,
deitando-se pensa em si mesmo descrente.

Seus olhos se fecham e sonha com a felicidade,
mas seus olhos se abrem para a contrariedade,
e noite após noite a lua expõe a sua inquietação,
um coração escravizado a conhecer a decepção.

Não quer prosseguir como vassalo da pobreza,
mas não quer se tornar um escravo da avareza,
súdito de um mundo fadado a sempre cobiçar,
onde ricos e pobres sentem a agonia se arraigar.

Lucas O. Ornaghi