Eis a lua diante da expressão
nostálgica da noite,
e na nostalgia de um homem
taciturno sua alma
pranteia memórias que o
ferem como o açoite,
e na sarjeta um cachorro
lambe a sua palma.
Espectros do passado lhe
causam desalento,
lembram-no do amor que havia
em sua mente,
e ele se retira para um
banco sob o frio relento,
deitando-se pensa em si
mesmo descrente.
Seus olhos se fecham e sonha
com a felicidade,
mas seus olhos se abrem para
a contrariedade,
e noite após noite a lua expõe
a sua inquietação,
um coração escravizado a conhecer
a decepção.
Não quer prosseguir como vassalo
da pobreza,
mas não quer se tornar um escravo
da avareza,
súdito de um mundo fadado a
sempre cobiçar,
onde ricos e pobres sentem a
agonia se arraigar.
Lucas O. Ornaghi
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