Emancipe memórias, ó alma conflitante,
corra pela noite sem Lua e
busque abrigo,
fuja daquele que está
recluso nas trevas.
Há uma canção que vem com o
ar gélido,
um convite sedutor persegue
os incautos,
velas se apagam e a aldeia
se estremece.
As horas mortas, as ruas
vazias, o silêncio,
o medo e curiosidade pelo
que não se vê,
tudo toma forma nas asas de
um pesadelo.
Não se enamore das trevas,
não vá ceder,
não ouça as vozes que vem
pra acalentar,
pra te transformar num grito
entre paredes.
Mas não escondeste bem suas
fantasias,
e agora elas fugiram para te
devastar,
para acordar o insano êxtase
do supérfluo.
A consciência se perdeu para
a emoção,
o mar a invadiu e tomou
conta das praias,
a razão foi engolida pela
vil tormenta.
Afogou-se em águas turvas e
agitadas,
mergulhou só em profunda amargura,
tornou-se uma sombra inerme da
dúvida.
Nade para a superfície e
observe o céu,
veja Éolo lhe apontando para
o oeste,
ice as velas da mente e
volte para casa.
Lucas O. Ornaghi
Legal! explore mais estes bons delírios, não se preocupe tanto com a realidade por que ela vem junto.
ResponderExcluirabraço
Obrigado Laerth! Concordo contigo.
ExcluirAcredito que apuramos a própria percepção das coisas quando as enxergarmos através de um devaneio. ;)