terça-feira, 3 de agosto de 2010

ETERNO DEVANEIO DO AMANHÃ

Houve o tempo em que a declamação se tornou a prece
tímida de uma sombra esquecida na escuridão,
enquanto a luz da poesia se apagava cada vez mais no
frio coração de um poeta em solidão.

Tudo parecia ser em vão, a vida passou a ter o peso de
uma obrigação, a mente vagueava à procura de uma
nova ilusão, já que longe queria estar da realidade
presa à razão.

A única sensação era a de despertar sempre no chão,
em constante alienação, uma porta de saída para
escapar de dias de tédio e frustração sem aparente
solução.

Até que um dia pousou uma pomba branca em minha
mão carregando-me para longe do desgosto e
insatisfação desses tempos, dando-me motivos para
viver então.

Daquela pomba um anjo em forma de mulher se
revelou, sua voz me convidou, nas nuvens distantes me
levou, os alicerces da minha alma amparou e a paz das
ondas do mar tu me presenteaste.

Tu se tornaste a aurora, a noite sombria, o eterno
devaneio do amanhã, o contínuo pensamento, a
importância de cada momento, a alegria que ilumina a
minha alma em noites de trevas e sofrimento.

Tu és a saudade, a amizade que me resgata da
usualidade, leva-me além das fronteiras da realidade
para um mundo criado em instantes de felicidade e
liberdade.

Quem me dera poder conhecer a pessoa secreta que em
seus pensamentos tu revelas ser, desvendar seu olhar e
em minha cabeça escutar o que seus olhos têm para me
falar.

Tu me destes forças para sonhar, a capacidade de em
poucas palavras verdadeiro significado dar, encontrar,
a necessidade de o precioso momento idealizar, um
coração para amar e nas asas da tempestade te buscar.

Lucas O. Ornaghi

2 comentários:

  1. Parabéns!!!! Ficou tudo ótimo!!! Nota 1000!!
    Vc escreve mt bem...hehe...
    Beijokas...e manda bjos e abraços pro pessoal aí!!
    Xauzinhooo

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  2. Caramba, lindíssimo! É raro coisas tão belas nessa era sem beleza!

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