segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ADAMANTINO

Ouço incansáveis vozes que insistem em minha
cabeça retumbar, mas para a propaganda mundana
nela não há lugar, e se minha alma não é um item a
negociar não podem me subjugar.

Ignorem minha existência e não me tentem. Não
procuro uma proposta de vida, então não me
enfrentem. Não estou amistoso, só desgostoso,
mentalmente cansado, mas nunca manipulado.

Confie em poucos. Confie nos loucos. Entenda
a insanidade da mente que vive livremente nos
mentalmente perturbados e naqueles poucos
loucos pelo sistema ainda não moldados.

Há uma febre em minha cabeça querendo arder,
uma ira reprimida a libertar, lágrimas de sangue a
verter, paredes a quebrar e um coração
adamantino a manter.

Lucas O. Ornaghi

Um comentário:

  1. Você descreve exatamente como é essa falta de liberdade do corpo, da alma. Essa falta que o ser humano tem de se reinventar, dessa falta de espaço de mostrar o seu eu. Mais uma vez, você escrevendo coisas incríveis!

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