sábado, 31 de julho de 2010

AMOR DESESPERADO DE UM SONHADOR

Apegada ao frio do inverno, desponta essa manhã de
pálida primavera, e sôfrego rezando para que ouças
meu clamor, desesperada minha alma sonha em ter
seu amor, tu que és tão singular quanto o rebentar de
muitas das flores que mais tarde envolverão esse
horizonte de perfume e cor.

Contemplar o abrolhar das primeiras delas é enxergar
a essência das belezas ocultas de nossa mãe Gaia,
mas por mais que a natureza a mim distraia, é com
sua saia que sou fustigado, que sou tentado,
conduzido à perdição e aprisionado a essa paixão de
contínuas dores de aflição.

Na alucinação de um dia conquistar seu coração,
acordo martirizado pelo viver desorientado de um
jovem aterrorizado, que fica imobilizado quando te
vê, sem saber como reagir, sem reconhecer o que
pela primeira vez está para sentir.

Minha consolação é que agora, embora eu ainda não
tenha o seu coração, através desses versos tu terás
noção de que por ti estará sempre preservada a minha
sincera afeição, uma vez que te amar se faz minha
eterna motivação.


Lucas O. Ornaghi

Nenhum comentário:

Postar um comentário