Sonhei com um mundo sem
poesia,
aterrorizei-me com uma vida
vazia,
adoeci em meio à tamanha
apatia.
Estavam todos mortos ao meu
lado,
não havia verso a ser compartilhado,
o terror estava sendo decretado.
Um deserto foi o que
remanesceu,
apenas a ignorância nele madureceu,
razão e fantasia, tudo se
perdeu.
As traças nossos livros
corroeram,
gafanhotos também apareceram
e um mundo de ideias eles
varreram.
Aquele mundo sem a poesia
ruíra,
a massa em agonia se
revolvia,
todavia, nada aos tolos
comovia.
Mas cada poeta virou um
peregrino
que nas sombras afastava o Malino,
erguendo a poesia como
ensino.
A marcha final apenas
começara,
a liberdade de longe se
avistara
e nova alvorada para a
poesia raiara.
Lucas O. Ornaghi
Obrigado pela visita, Antônio. É um prazer tê-lo por aqui. ;)
ResponderExcluirEste poema é fascinante!Durante anos deparei-me com adolescente muito intensos e caminhavam junto às minhas utopias... Percebo estes mesmos jovens se distanciando da arte, dos sonhos. Não desista de compartilhar todo seu talento, querido amigo. Parabéns! Abraço
ResponderExcluirOlá Andrea! Muito obrigado pelo comentário. Fico feliz que tenha apreciado. Sinta-se à vontade no blog.
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