O silêncio entoa o desgosto em
meus ouvidos, eu tento
esquecê-lo, desconhecê-lo,
sua presença perder e essa dor
muda conter.
As mãos gélidas tremem,
sentem o frio da solidão, e
caminhando pelas ruas vazias
verto lágrimas de gelo de um já
frígido coração.
Nasce dentro de mim uma
arraigada tristeza, profundo
sentimento que me causa frieza
e eu sei que não pertence à
minha natureza.
A vil insensibilidade e ingratidão
calejam meu coração, a
falsidade estampada em rostos
alheios subestima a minha
percepção.
Não exijo perfeição da prole da
imperfeição, mas gostaria que
pessoas genuínas fossem mais
do que frutos perfeitos da
imaginação.
Lucas O. Ornaghi